terça-feira, 27 de setembro de 2011

Alma Lavada




"Não diga que a canção está perdida, tenha fé em Deus tenha fé na vida, tente outra vez....."E é com o Maluco Beleza que inicio meus escritos nesse lance de "blogsfera".

 Improvável porém verídico. Estou morando no bairro Canto, ao lado do Balneário do Estreito e, vejam só  vizinho de porta do Orlando Scarpelli. E com namorada e família de alvinegros fanáticos. Que fria, poderiam pensar meus amigos avaianos companheiros de Ressacada. Teriam razão para vociferar impropérios sobre a minha condição de avaiano doente em pleno território rival já que não tem sido fácil nesse tortuoso 2011, acompanhar futebol. O time do bairro relativamente bem no campeonato e o clube com a maior e mais apaixonada torcida de Santa Catarina na situação que se encontra, logo no ano dos dois na série A.

Tendo como pando de fundo tal situação, dia de clássico, churrasco, o outro time favoritasso (e a RBS lembrando disso a todo momento), gato net a postos e eis que numa manobra maquiavélica a Net corta o sinal do glorioso Lexus Box F 38, me obrigando a acompanhar o certame ligado no bom e velho "raidinho de pilha".

Que sofrimento foi ouvir um Clássico daquele porte via ondas curtas. Meu Deus! Um a zero pro time da casa, empate avaiano, time da casa na frente, empate e, aos 42 o golpe final, no que seria a redenção. O cala a boca veio em forma de virada. 3x2 num jogaço. O melhor da rodada segundo o Fantástico. Naquele momento os gritos da torcida azul  ecoavam num Scarpelli e nos arredores. Dirigi-me ao portão e acompanhei extasiado a saída do estádio dos torcedores do então favorito ouvindo ao fundo a festa avaiana. Que lindo, que emoção, que lavada na alma.

Por mais que o momento e as circunstâncias digam o contrário digo eu: é muito bom ser avaiano vizinho do Scarpelli.

Maurício.

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